Tudo o que seja para passear e conhecer novos lugares e novas experiências podem-me chamar que eu vou. Este fim de semana foi tempo de alugar uma tenda "TIPI" no meio do campo numa quinta ecológica ao ponto de ser preciso fazer lume para aquecer a água do banho. Esta quinta, São José dos Montes , em Ferreira do Zêzere é incrível não só pelo próprio espaço que conta com piscina, cavalos, uma horta biológica . Tem também uma piscina com tratamento de sal e as luzes apagam todas automaticamente as 00h. Além das tendas TIPI tem também as tendas YURT e os tradicionais quartos de "hotel". Vale a pena conhecer.
Estrada dos Montes, Nº134, 2300-087Olalhas - Tomar - Portugal
Bastaram 2 horas de viagem para chegar à Herdade Lago Real, situada em Mira, e parecer que estava num país diferente. A recepção foi feita logo à entrada da herdade com um pequeno pónei que é a mascote do sítio. Anda o dia todo a comer a sua erva entre e faz-se passear entre as pessoas.
A Herdade Lago Real é cercada por uma floresta onde pouco ou nada se ouve para além dos galos que por lá andam também. Fiquei fascinado com o facto de sair da piscina e ter logo uma praia privada rodeada de um lago onde se pode andar de caiaque, gaivota, barco a remo, enfim anda-se ocupado o dia todo sem se sair do mesmo sitio.
Além de tudo isto ainda tem ... preparem-se:
- campo de ténis;
- campo de futebol;
- snooker;
- ping pong;
- campo de basquetebol
Acho que vale mesmo muito a pena para quem gosta de sair ... cá dentro.
Dia 1 | Marrakech - Atlas - Ait Ben Haddou - Ouarzazate - Gargantas de Dades |
Eram 7h da manhã e estava a contar os minutos para que o motorista batesse à porta para nos vir buscar e começar o primeiro dia de uma viagem que seria marcante. Depois do famoso pequeno-almoço marroquino lá seguimos nós viagem rumo à cidade de Ait Ben Haddou mas com 1ª paragem a maginifica cordilheira do Atlas para tirar umas fotografias e claro sempre com o famoso "Bonjour, Good Price" para aquelas peças que os turistas gostam de levar como recordação. Chegado à cidade que já serviu de cenário de filmes e séries como Gladiador e Game of Thrones tinhamos um guia local que nos levou a conhecer aquela cidade e a contar alguns pormenores das gravações e daquela cidade. Por lá almoçámos num restaurante tipico antes de seguir viagem para Ouarzazate onde tem o conceituado Museu de Cinema. Uma paragem breve apenas para algumas fotografia antes da ultima viagem do dia até às Gargantas de Dades , um local lindo que como o nome indica tem a forma de uma garganta com uma estrada estreita ladeada com montanhas com uma altura impressionante. Foi lá que passámos a primeira noite e jantámos num hotel no coração das gargantas.
O segundo dia viagem começou bem cedo com o pequeno almoço marcado para as 7h30 e partida às 8h com uma viagem pelas gargantas do Dadèes onde mais uma vez a vista do topo das gargantas é indiscretivel. Daqui seguimos viagem para Thingir, uma cidade bárbara localizada no centro de um oasis onde tinhamos um guia local que nos contou histórias interessantes do oasis como pro exemplo a forma como faziam a divisão de parcelas dos terrenos, as diversas plantações e algumas curiosidades como por exemplo a de que aquela tinta das tatuagens henna é feita através de uma planta com o mesmo nome , uma planta muito encontrada em Marrocos que pode chegar até aos seis metros de altura. Aqui nesta comunidade bárbara visitámos ainda a casa de uma familia que se dedicava à tapeçaria e aqui conhecemos todo o processo desde a recolha de lá até o tapete estar concluido e foi tão interessante que até tentei fazer negócio com um tapete, sim porque como não poderia deixar de ser no final da visita havia um armazem com centenas e centenas e centenas de carpetes à venda feitas por aquela familia.
Feita esta visita rumámos à ultima paragem antes do nosso destino final. Chegámos então às gargantas do Todgha e nesta altura não estava a acreditar no que estava a ver. Nós turistas na zona onde passam os carros e a olhar para cima so se via uma montanha que parecia não ter fim, algo alucinante que segundo o nosso guia já houve quem se aventurasse e tenha escalado a montanha e prova disso são as estacas de ferro e a corda ainda presentes ao longo da montanha. Foi aqui que almoçamos com uma vista deslubrante para um dos lados das gargantas.
Daqui, e foi aquilo pelo que imaginei muito tempo, seguimos por uma estrada sem fim onde ao fim de algumas horas de viagem começamos a ver o deserto lá muito ao fundo. Quando chegámos tinhamos os célebres camelos que durante 1h30 nos levaram para o meio do deserto para assistir ao por do sol e onde estava à nossa espera uma enorme tenda onde jantámos e passámos a noite. Confirma-se que no deserto não há mesmo água e foi preciso levar um bom reforço de garrafas em forma de gelo porque com o calor era fácil que derretessem. A ideia era passar a noite dentro da tenda mas o calor que se fazia sentir fez com que fizesse a cama lieralmente no meio do deserto mas a meio da noite foi necessário recorrer às mantas que estavam prontas no interior da tenda.
Dia 3 | Sahara - Atlas - Marrakech
Com os camelos ali a dormirem também ao nosso lado a alvorada foi as 5h30 para dar tempo de arrumar as mochilhas e fazer a viagem de regresso no camelo e assistir ao nascer do sol, algo que tenho na minha memória como se tivesse a ser agora. Tinhamos um pequeno almoço preparado num hotel à entrada do deserto onde tinhamos os camelos à espera no dia anterior. Eram 8h30 estávamos a iniciar a viagem de regresso a Marrakech, com algumas paragens inclusivé para almoçar. Neste dia pouca coisa aconteceu a não ser as 10h de viagem que pareciam nunca mais terminar. Entre curvas e contra curvas a descer o Atlas finalmente chegámos à confusão de Marrakech pelas 20h.
Não sei se irei repetir esta viagem ou não mas sei que as imagens que tenho na memória e toda a experiência vivida nunca serão esquecidas! Espero que se tenham sentido dentro da viagem.
A viagem estava toda programada ao detalhe quando ainda antes de partirmos de Lisboa ficou toda desprogramada. Um overbooking em Lisboa e um atraso da TAP que fez com que perdessemos o voo de ligação Paris/Marrakech e só termos conseguido voar na manhã seguinte (reclamação em curso) mas ainda deu para ir comer um crepe à famosa Torre Eiffel. Na manhã seguinte finalmente estávamos em Marrakech, parecia um sonho depois de toda a aventura entre aeroportos e seguranças. Um calor como nunca tinha encontrado em Marrocos, uma temperatura até estranha para os habitantes que me disseram que este ano o tempo está muito descontrolado.
A praça Jemaa el-Fna continua com o seu encanto com milhares de pessoas para a frente e para trás, o encantador de cobras, o macaco com a sua fralda a pedir fotografias a troco de umas moedas, as tatuagens Henna que fazem as delicias dos residentes mas principalmente dos turistas, as charretes com os passeios turisticos entre a antiga e a nova medina e até o artesão de dentes (sim nesta praça até dentes se vendem) e claro que não podia deixar de falar da barracas com os sumos de fruta que são muitas, mesmo muitas barracas a vender copos de sumo de laranja natural por 0,40€!
Também não se admire se vir um menino atrás de si a falar baixo e a esticar a mão a pedir moedas mas na maioria das vezes o que querem é mesmo comida, aconteceu comigo num jantar em que a criança o que queria era apenas batatas fritas.
No próximo post vou-vos mostrar mais sobre o riad (um hotel no centro da medina) e locais a visitar.